Samba de compasso artificial Na produção um tanto ensimesmada da literatura brasileira contemporânea, é alentador quando surgem livros de ficção que não trazem escritores como personagens, tampouco se limitam a instituir um “diálogo” com alguma obra canônica. Pausa para respirar em meio à profusão de intertextualidades, jogos internos, citações. Mais raro ainda é quando o ..
Relações familiares unidas por solidão e melancolia O afeto – por um filho, por um professor, por um time de futebol – é o fio que une as 16 histórias reunidas em “O que quer de mim, amor?”, do escritor e jornalista espanhol Manuel Rivas. Colaborador do jornal El Pais, autor de seletas de poemas ..
Frisson justificado ou mera fumaça midiática? O jornal “The Guardian” classificou-o como “o livro do século”. A apresentadora Oprah Winfrey incluiu a obra em seu prestigioso Oprah’s Book Club. O próprio presidente Obama devorou as mais de 600 páginas durante as férias. Além disso, o autor figurou na capa da revista “Time”, cuja chamada proclamava ..
A banalidade do extraordinário O engenho narrativo revela-se logo nos dois primeiros capítulos: ao descrever o acidente que interrompe o idílico piquenique do casal Joe e Clarissa nas colinas de Chiltren, interior da Inglaterra, Ian McEwan desenha em 31 páginas um extraordinário prelúdio para a queda do protagonista de “Amor sem fim”. Joe está ajoelhado ..
Em “O poder do mito”, Joseph Campbell define a mitologia como uma música que dançamos mesmo quando não reconhecemos sua melodia. Essa espécie de “canção do universo” faria ressoar
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Ivana Arruda Leite não cabe no escaninho redutor da “literatura feminina”. Suas narrativas, embora quase sempre protagonizadas por mulheres, recusam o registro delicado e sentimental
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Durante muito tempo, carnaval no Rio foi sinônimo de samba de enredo. Os mais jovens podem estranhar, mas antes da monocórdica onda do axé music e de as marchinhas ressurgirem com força na esteira dos blocos, os hinos das escolas tocavam massivamente nas rádios, animavam foliões, serviam de trilha-sonora para paixões tão coloridas e fugazes quanto uma serpentina no ar...
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A leitura de “Os espiões” mostra que, ao escrever o primeiro romance sem encomenda, Luis Fernando Verissimo manteve-se fiel a seu estilo e suas obsessões. A exemplo do que acontecia em incursões anteriores pela narrativa longa — como “O jardim do Diabo” e “Borges e os orangotangos eternos”...
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