Meu pai tinha duas coleções. A de chaveiros ficava próximo ao escritório, um canto da casa do qual recordo precariamente: um carrinho-bar com garrafas de cristal, o relógio-cuco que a tia-avó trouxera da Suíça e já não funcionava mais, a camurça verde presa à parede, ferida pelos pregos que sustentavam o esmerado acervo. À frente ...